quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Moi dix Mois - Mana's 2011 Birthday Live


Após um adiamento devido ao terremoto em março, o Moi dix Mois fez um show especial celebrando tardiamente o aniversário do guitarrista-compositor e designer de moda, Mana.
Elegantes vampiros góticos ousaram sair em plena luz do dia para um show memorável no Shibuya O-West que celebrou o aniversário de Mana. Os fãs esperaram pacientemente pelo começo do show – vestidos em seus melhores trajes góticos – apesar da chuva e do calor. Preto e azul eram cores dominantes como se a própria coleção da Moi-Meme-Moitie de Mana tivesse invadido as ruas em frente ao local. Rosas azuis, headdresses de penas, volumosas saias Lolitas e mesmo pares de cartolinhas vitorianas deram aos transeuntes algo para falar.

A casa de shows estava envolta de luzes fracas que revelaram um palco simples, com o decagrama do Moi dix Mois adornando a parede atrás da bateria. Na hora certa, as luzes se tornaram azuis e os cinco homens fizeram sua aparição. Hayato foi o primeiro a subir no palco, seguido por Sugiya e K. Um rugido massivo encheu o local quando todas as mãos levantaram para receber Mana, com uma cruz vermelho sangue piscando ousadamente em sua guitarra customizada. Os quatro homens levantaram as mãos com o sinal do metal e o público os seguiu quando Seth fez a sua entrada para The Seventh Veil. A multidão exaltada se lançou na música balançando os punhos e batendo cabeça ao som pesado.

Os guitarristas ajudaram a definir o ânimo com sua maquiagem pesada e figurinos góticos, contrastando um pouco com os outros três homens que pareciam quase “normais” próximos aos trajes ousados de K. e Mana. O guitarrista principal vestia uma camisa de babado preta e branca da Moi-Meme-Moitie que caiu perfeitamente sobre sua calça preta gótica. K parecia um pouco mais com um europeu gótico, com tranças vermelhas caindo de metade de sua cabeça, e a outra metade apontando para o céu como chamas vermelhas.

Os fãs gritaram alto quando a música chegou ao fim e Mana beijou uma palheta, jogando para a multidão devotada. Um grupo de aristocrat e gothic lolitas se apressou para pegar a palheta, com os babados de seus vestidos sendo esmagados no processo. A banda não perdeu tempo e mergulhou em Witchcraft sob as luzes vermelhas. Os dois guitarristas tomaram o centro do palco batalhando em uma performance impressionante.

“Vamos ter uma explosão!” o vocalista gritou quando a música chegou ao fim. A multidão concordou, se animando para Unmoved. As guitarras tomaram a liderança com as luzes alternando de Mana para K, antes de descansar em Seth que soltou um rugido ensurdecedor, abrindo caminho para alguns baterem cabeça. Foi visualmente notável, com doces lolitas balançando suas cabeças violentamente com a batida. As luzes se apagaram para Divine Place, a canção lenta permitindo tanto aos fãs quanto aos homens no palco recuperarem seu fôlego. Uma voz feminina ecoou no local e nós fomos transportados para uma igreja gótica sombria. Sethmostrou um bom controle da voz, seus gritos demoníacos adicionando intensidade à apresentação. A música foi construída por guitarras rápidas, a batida pesada engolfando o local e fazendo a transição para a próxima música suavemente.

The SECT começou a capella, o que permitiu ao vocalista mostrar seu alcance. O decagrama da banda mudou para preto e branco e os rosnados de Seth atravessando a multidão, encorajando os fãs a se afogarem na canção. O público balançava os punhos no ar ferozmente enquanto gritava “The SECT” em uníssono.

Sanctum Regnum foi precedida por um breve MC onde Seth comentou que o show teve que ser adiado devido ao terremoto e agradeceu a todos por sua paciência e apoio. Com isso dito foi a hora de praticar os complicados movimentos de mão que acompanham a música. “Vamos colocar nossos corações juntos!” ele disse encorajadoramente. Mas pela reação da multidão, explicações eram absolutamente desnecessárias. A pedido do vocalista, K deu uma mão, gritando “Um, dois, três!” a plenos pulmões antes de gritar –D-I-X– junto ao público. Seth colocou seu coração no ensaio, encorajando os fãs a gritarem mais e adicionando, com um sorriso, que se eles fossem altos o suficiente, e já que era um dia especial para Mana, ele realmente poderia cantar –D-I-X– junto a eles. Os rostos estoicos na multidão se iluminaram quando Mana mostrou a todos o polegar para cima pelos seus esforços, sem quebrar sua tradição de não proferir uma palavra. A guitarra deMana piscou ousadamente quando a música gótica começou. Todos se juntaram no furi, primeiro trazendo suas mãos direitas para seus rostos para o D, então levantando a esquerda no ar para o I, antes de cruzar ambas no alto para o X e as abaixando quando gritaram DIX. K fez um bom trabalho aquecendo a multidão e ajudando com os vocais de fundo – sempre sendo legal! O baterista estava muito enérgico, mantendo a ponderosa bateria trovejando.

Guitarras fortes deliciaram a plateia durante Dies Irae e com a multidão pegando fogo, Mana deixou o palco, o vocalista tomando a liderança para o MC divertido que seguiu. “Que dia é hoje?” Seth perguntou ao público com um grande sorriso. “É o dia do Mana-sama!” os fãs responderam em uníssono. Os gritos pareceram não agradar a K e o guitarrista sacudiu a cabeça dizendo, “Isso não foi o suficiente! Mais uma vez!” A segunda vez não deixou dúvidas em ninguém sobre a devoção dos fãs, quando gritos massivos encheram o local: “É o aniversário do Mana!” “Vamos cantar Parabéns a Você – no estilo Moi dix Mois!” Seth disse desafiadoramente quando a música começou com uma batida pesada rock/goth. Foi divertido ver todos os rostos estoicos no público e o palco transformado enquanto todos cantavam “Parabéns ao…Mana..sa…ma!”

Com o publico rindo contagiosamente Seth abordou os fãs falando um pouco sobre seu novo visual. “Bem… eu fiz um permanente…K agora tem um cavanhaque e Sugiya fez algumas mechas vermelhas!” o vocalista observou. “Quanto a Hayato, eu não consigo ver seus olhos!” ele adicionou com um sorriso se referindo ao chapéu do baterista que cobria seus olhos. “Eu acho que é hora de chamar Mana! Todos aqui embaixo, por favor, olhem e apontem para cima! Pessoas no segundo andar, vocês não têm escolha além de olhar e apontar para baixo! ... e eu quero ver uma doce devoção em seus olhos!” Seth adicionou com um sorriso escapando de seus lábios. Depois de duas tentativas nas quais as vozes da multidão não pareciam satisfazer Mana, o guitarrista finalmente fez a sua entrada – e que entrada! Um rugido massivo ecoou pelo local quase fazendo com que o chão tremesse, quando a introdução de ‘Ma Chérie’ do Malice Mizer começou e Mana fez sua entrada – em uma scooter – segurando um ursinho de pelúcia e uma arma de brinquedo como nos velhos tempos com o Malice Mizer.

Agora em uma camisa branca de babados, Mana deliciou os fãs enquanto caminhava de um lado para o outro, apontando a arma para os fãs excitados, as pessoas nas fileiras da frente tentando desesperadamente ficar perto dele. A multidão estava pegando fogo, entusiasmada com os beijos que o guitarrista soprou, enquanto rodava pelo palco. Com o público ainda com falta de ar, a staff trouxe um bolo de morango, decorado com… rosas!

Tendo apagado as velas, Mana passou um caderno para Seth, instruindo-o a ler em voz alta o que eles chamaram de “Corner – Mensagem de Mana.” O guitarrista agradeceu a todos por virem ao seu aniversário (que tecnicamente foi em março, mas foi adiado devido ao terremoto). Ele mencionou que fazia dez anos desde que começou com o Moi dix Mois e que combinaria comemorar a data com um show em 21 de agosto no Shibuya Duo.

Piadas sobre uma futura turnê okonomiyaki foram recebidas com gargalhadas (até mesmo Mana sorriu apesar de seus melhores esforços para manter seu rosto estoico!) antes do vocalista apresentar o novo photobook, Philosophy, que descreve o curso da banda. Mana também apresentou sua nova guitarra – a royal Moitie blue – com uma cruz branca iluminada, agora disponível nas lojas ESP, antes de mergulhar na próxima música, La dix croix.

A música, tirada do primeiro álbum da banda, foi calorosamente recebida com o público batendo cabeça seriamente com a música. As guitarras começaram a acelerar quando a voz de Seth mudou de doce e melancólica para rosnados profundos anunciando a chegada de the Prophet. Os guitarristas bateram cabeça intensamente, perdidos nas guitarras rápidas e na bateria imponente, enquanto as luzes vermelhas piscaram atrás do vocalista, dando a ele um tipo de aparência demoníaca.

As luzes caíram e o som de chuva invadiu o salão para Pendulum. Com o local engolfado em penumbra, uma tempestade começou com guitarras trovejantes se perseguindo, a cruz azul da guitarra de Mana piscava imponente como um relâmpago azul assustador. Um véu de fumaça invadiu o palco, formando a atmosfera.Seth cantou, desaparecendo na escuridão por um instante, antes de reaparecer com uma rosa branca na mão, a plateia ficando em silêncio enquanto ele cantava Agnus Dei para a flor.
O ânimo melhorou no MC com os fãs gritando “Feliz Aniversário!” a Mana e K. provocando Seth, que apesar do majestoso cabelo vermelho, foi extremamente doce e alegre durante a conversa. Alguma confusão se formou quando Mana, sem pronunciar uma palavra, gesticulou para o público. “Você quer que eles gritem alto?” perguntou o vocalista. “Não, não!” interrompeu K, “ele quer que eles pulem, então sua energia pode alcançar o chefe!” Risos começaram quando Mana acenou com a cabeça em aprovação, mandando beijos para a multidão. Um pouco desapontado por não conseguir entender imediatamente o comando de ManaSeth se amuou docemente antes das guitarras tomarem lugar anunciando Immortal Madness (X-time). Foi incrível ver a forma com que a banda controlou a multidão, encorajando-os a gritar “DIX Love!”, enquanto os fãs balançavam os punhos no ar. Linhas de baixo legais, guitarras rápidas e bateria poderosa acompanharam Dead Scape eForbidden. As duas músicas permitiram aos fãs bater mais cabeça e a banda a interagir com a plateia antes de deixar o palco. Ao invés do pedido usual por encore, os fãs apenas ficaram em silêncio esperando por Mana-sama decidir a hora de voltar.

Os fãs não tiveram que esperar muito até Sugiya e Hayato voltarem, seguidos por K, que soprou uma baforada de fumaça na multidão, e finalmente Mana – com um chicote azul na mão. Seth introduziu a próxima música -deus ex machine e eles se lançaram nela, K gritando “Vamos Shibuya! Me deem tudo o que vocês têm!”, enquanto encorajava os fãs a balançar as mãos no ar. Agora com uma guitarra branca, que piscava uma cruz vermelho sangue, Mana se aproximou dos fãs, que ansiosamente levantaram os braços para tocá-lo e à sua guitarra. A performance de K foi excelente e muito enérgica, enquanto batia cabeça ferozmente e animava o público. Com toda a excitação, os fãs acabaram puxando Mana um pouco forte, fazendo-o perder um pouco do equilíbrio. Mas como o bom aristocrata que é, o guitarrista não perdeu a compostura, arqueando suas costas para a multidão que suavemente o empurrou de volta para o palco.

O vermelho tomou o local, enquanto Seth cantou a introdução solo de Ange~D side holy wings. Logo os outros se juntaram a ele, com Hayato colocando toda a sua energia na performance, enquanto a bateria acelerava.Mana bateu cabeça violentamente na batida e a multidão imediatamente o seguiu, rosas azuis e acessórios de cabelo milagrosamente ficaram no lugar enquanto aristocrats e gothic lolitas batiam cabeça fervorosamente.

Novamente os cinco homens deixaram o palco e novamente o pedido silencioso pelo encore. O som de um órgão de tubo e ondas batendo se tornaram cada vez mais claros antes da banda retornar, o público gritando seus nomes fervorosamente. Mana se virou para a multidão enquanto segurava um bastão luminoso branco – o mesmo que foi entregue a cada fã na entrada. Seth instruiu a plateia a quebrar o bastão quando ele contasse até três. Eles fizeram a contagem – em francês – obviamente, centenas de luzes azuis iluminando o local escuro.

O público ondulou seus bastes em uníssono durante a última música da noite, Pageant, em uma performance visualmente esplêndida. Quando a música alcançou o seu final, um relógio começou a soar, marcando o fim do show. O quinteto deixou o palco sob uma ovação estrondosa, jogando os bastões luminosos e outras coisas para os fãs devotados. Esta, de fato, foi uma noite para se lembrar, e com certeza valeu a pena esperar. Nós esperamos pelos próximos shows da banda e lançamentos!



Set List:

The Seventh Veil
Witchcraft
Unmoved
Divine Place
The SECT
Sanctum Regnum
Dies Irae

La dix croix
the Prophet
Pendulum
Agnus Dei
Immortal Madness (X-time)
Dead Scape
Forbidden

Encore 1:
deus ex machine
Ange~D side holy wings

Encore 2:
Pageant
Fonte/Créditos: http://www.jame-world.com

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